Até pouco tempo, parecia impossível para os pequenos produtores rurais da região de Luziânia (GO) tirar mais do que 80 litros de leite por dia. Hoje, tem gente conseguindo 800 litros, em apenas quatro hectares. O nome do milagre é tecnologia, algo que os pequenos só tiveram acesso por meio de um projeto desenvolvido pela Cooperativa Mista dos Produtores Rurais de Luziânia e Região (Cariama).

O cooperativismo, com advertiu recentemente o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, na Tecnoshow, é a saída para o pequeno produtor não acabar excluído do mercado globalizado. E para quem quer conhecer melhor como funcionam as cooperativas, associações ou sindicatos rurais, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás) está oferecendo um curso completo pela internet. As aulas são gratuitas e abertas. Só é preciso fazer inscrição no site http://ead.senargo.org.br/cursos/associativismo-cooperativismo-e-sindicalismo-no-agronegocio.

A Cariama, é um bom exemplo de como as ações coletivas podem garantir aos pequenos uma sólida base de sustentação para a melhoria da produção e realização de bons negócios. Criada por iniciativa da Central de Associações de Pequenos Produtores Rurais de Luziânia (Caprul), com o apoio do Senar Goiás, a cooperativa, não só está proporcionando a seus associados maior assistência técnica, como também oferecendo novas oportunidades de negócios. Entre elas, a venda da produção para programas de aquisição de alimentos do governo federal.

“Para o produtor, participar de uma cooperativa é importante principalmente na hora de comercializar seus produtos, porque esse é um momento sempre mais difícil para os pequenos, porque eles não têm acesso ao mercado” – observa Jorge Meireles do Nascimento, presidente da Caprul. “Nossa cooperativa já participa do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) há algum tempo, e agora também estamos no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), uma ótima oportunidade de venda para nossos cooperados”.

Caminho seguro para os pequenos

A médica veterinária Stela Miranda, técnica do Senar Goiás, aponta vários bons motivos para a união dos pequenos produtores em cooperativas, associações ou sindicatos. “Facilita o acesso às políticas públicas para o campo, propicia geração e melhoria da renda familiar na propriedade, cria consciência de grupo e da força que a união e a organização podem trazer, aumenta o poder de barganha, facilita a assistência técnica, a capacitação e obtenção de bens que não poderiam ser adquiridos individualmente”.

Stella vê o associativismo rural como um caminho seguro para os pequenos. “É uma alternativa para melhorar as condições de vida, trabalho e produção no campo, diante do alto índice de pobreza e elevada taxa de analfabetismo que ainda existe”. Aos que têm dúvidas sobre as vantagens de participar de uma organização, ela recomenda o curso Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo, oferecido no site de ensino a distância do Senar Goiás. “A proposta pedagógica do curso é inovadora. São conteúdos produzidos e ministrados por profissionais competentes e disponíveis 24 horas por dia”.

O curso aborda os conceitos, diferenças e particularidades dos três sistemas. Com 20 horas de duração, as aulas podem ser acessadas onde e quando for melhor para o aluno. O conteúdo está dividido em seis módulos: O Associativismo Rural; Associativismo de Interesse Econômico; Modalidades de Associativismo; O Cooperativismo Rural; Planejamento Empresarial em Cooperativas; Sindicato Rural.

Mais informações: http://ead.senargo.org.br/cursos/associativismo-cooperativismo-e-sindicalismo-no-agronegocio ou 0800-642-0212

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